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Entrevista ao jornal “O Diabo” do atual primeiro ministro “de transição” da Guiné-Bissau

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“Sabemos que é Portugal que está a fazer todo o trabalho de sapa. (…) quando suspenderam a aplicação do novo acordo de pesca sob pretexto de que não havia segurança na nossa ZE, os armadores espanhóis insurgiram-se em força em Bruxelas. (…) dei instruções para que nenhuma licença seja concedida a nenhum barco europeu. (…) neste momento, estamos na iminência de firmar um acordo de pescas com a China e a Coreia do Sul.”

- a desfaçatez destes personagens “de transição” que foram colocados de colo no governo guineense pelos narcomilitares deste país lusófono é espantosa: acusam Portugal de estar a fazer um “trabalho de sapa” contra o seu narcogoverno, eles que pela força das armas e contra todas as leis nacionais e internacionais tomaram o poder, apenas para protegerem os narcotraficantes do exército guineense de uma “reforma” que as forças angolanas da CPLP se preparavam para realizar. Portugal se faz “trabalho de sapa”, fá-lo no cumprimento da Lei e da normalidade democrática, mas não o faz (não tem meios nem vocação para tal) numa “guerra secreta” como sugerem estes farsantes guineenses.

“Ao nível da nossa sub-região temos tido algum apoio. Apoio financeiro da UEMOA e também da Nigéria. A CEDEAO vai-nos apoiar na tarefa visando a reforma dos setores de defesa e segurança. Para além disso, a China está disposta a apoiar a Guiné-Bissau. (…) já recebemos pedidos de empresas chinesas que querem vir investir na Guiné-Bissau em todos os setores: bauxite, Porto de Buba, estradas e infra-estruturas.”

- entreguem os recursos da Guiné aos chineses que eles ficarão em boas mãos, sendo explorados de forma sustentável e com amplos benefícios para sua preservação e para as populações locais. Exemplos desses aliás abundam por toda a África, onde os empresários e empresas chineses têm passado, aliás.

“Recentemente, o presidente interino visitou o Irão, com vista ao reforço da cooperação. O mundo árabe sempre apoio a Guiné-Bissau, especialmente em momentos de apuro.”

- o Irão dos radicais shiitas é outro ponto de apoio importante para um país que pretende reafirmar-se entre o quadro das nações sérias, bem governadas e democráticas, decerto. Aproximem-se da China e do Irão e vejam a credibilidade de um regime colocado no poder pela força das armas e financiado pelos barões da droga colombianos e nigerianos afundar-se ainda mais.

- urge limpar a Guiné-Bissau desta camarilha impune e criminosa, usando a mesma força das armas que a levou ao poder, mas com um mandato internacional – da CPLP e da ONU – com unidades africanas (da sub-região e da CPLP) com apoio logístico, aéreo e naval de Portugal e Brasil e desmantelando totalmente o exercito guineense, levando a tribunais internacionais os seus oficiais e reestruturando o seu exército, marinha e força aérea a partir do zero. E amanhã não será já cedo demais.

Entrevista publicada no Diabo de 13 de novembro de 2012 ao “primeiro-ministro” do governo guineense instalado no poder pelos militares


Filed under: DefenseNewsPt, Defesa Nacional, Guiné-Bissau, Política Internacional

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